METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO

Em 2016, entramos em um novo ciclo de amadurecimento da nossa Metodologia de Desenvolvimento Comunitário. Aprimoramos os indicadores de impacto e prosseguimos com o debate sobre nosso modelo de atuação e eixos fundamentais do Instituto e identificamos pontos a serem modificados.

Com apoio de um estatístico refinamos e parametrizamos o nosso Sistema Integrado de Avaliação e Reporte que visa mensurar os avanços das intervenções na geração de capital social e desenvolvimento comunitário, para entender os retornos sociais dos investimentos realizados, contemplando indicadores que oferecem recomendações estratégicas.

A equipe do Instituto Lina Galvani foi envolvida em diferentes momentos ao longo do projeto, proporcionando uma maior apropriação da ferramenta.

Entre as alterações propostas nesse ano para a Metodologia de Desenvolvimento Comunitário, está o foco em duas dimensões: Coesão Comunitária e Desenvolvimento de Potenciais. Com isso, reorganizamos nossas entregas e principais resultados. Após essas mudanças, a configuração da Metodologia ficou da seguinte maneira:

Rodas de Conversa

Sentados em círculo, todos os participantes podem expor suas ideias, apontar problemas, apresentar inquietações e opiniões e chegar, juntos, às soluções e planos futuros. Não à toa, a atividade ganha o nome de Rodas de Conversa. Técnica essencial de nossa Metodologia de Desenvolvimento Comunitário, é um dos caminhos para avaliar o andamento de projetos, compartilhar e construir aprendizados e definir rumos para nossa atuação.

No final de 2016 realizamos Roda de Conversa de Avaliação em Angico dos Dias e Serra do Salitre. Elas colaboraram para monitorarmos os indicadores que pertencem à nossa Metodologia: Participação, Diálogo, Confiança, Ampliação e Inovação de Repertório Local, Governança e Satisfação com o Território.

Nessas conversas de encerramento do ano, pudemos perceber que o Instituto vem conseguindo ampliar as possibilidades no sentido social com o seu trabalho, não somente por meio da busca de soluções compartilhadas, mas como um recurso terapêutico em si, gerando possibilidades conversacionais interativas e transformação social.

Foi muito participativo e bom para vermos o que podemos fazer daqui para a frente. É importante esse momento de conversa para a gente poder sentar, colocar nossas preocupações, fazer os levantamentos e, a partir desse bate-papo, buscar soluções, criar projetos e ir atrás de parceiros.

Rosa Maria Ribeiro da Mata Rocha, participante da Roda de Conversa em Angico dos Dias

Conheçam os resultados

Também tivemos Rodas de Conversa internamente. Uma das mais marcantes aconteceu em dezembro. Toda a equipe foi a São João da Boa Vista, no interior de São Paulo, para um bate-papo com Dona Lina Galvani, de 104 anos, matriarca da família e inspiração para a atuação do Instituto.

A conversa inspiradora, repleta de ensinamentos, foi embalada por vídeos enviados pelos nossos agentes locais de pessoas do povoado de Angico dos Dias, na Bahia, e de Serra do Salitre (MG). Dona Lina respondeu a questões e compartilhou pensamentos que, certamente, farão parte do trabalho da equipe em suas atividades nas comunidades.

As pessoas também precisam se ajudar, não só pedir. É igual a pessoa que fica doente, o médico é muito bom, te dá remédio, ensina você a tomar os medicamentos, mas se você não se ajudar, você sara depressa? Não sara.

Dona Lina Galvani