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2016 foi especial para o Parque Fioravante Galvani. Ele marcou o aniversário de 10 anos deste que é o primeiro centro de conservação e educação ambiental do Oeste da Bahia, localizado em Luís Eduardo Magalhães (BA). Nessa década de história, o Parque se tornou uma referência no estudo e preservação do Cerrado e em atividades de educação ambiental que pulverizam as informações sobre esse bioma entre estudantes, professores, pesquisadores e a comunidade em geral. E não foram poucas as conquistas nesse período. Desde a sua criação, o Parque já produziu mais de 200 mil mudas de plantas de 25 espécies, foi "berço" de 69 animais e recebeu milhares de estudantes e professores que, em visitas, oficinas e passeios, foram incentivados a lançar um novo olhar sobre o Cerrado.
Acho que nossa principal conquista nesses 10 anos foi conseguir trazer para a região a temática do meio ambiente e da importância do Cerrado e de sua preservação, algo que não se discutia localmente. Foi o Parque que levantou esse debate e ampliou a discussão sobre a importância ambiental e ecológica desse bioma e começou a falar sobre meio ambiente em uma região que é essencialmente agrícola e não estava acostumada a ver outros ângulos da sua atividade.
Márcia Andaluza Xavier, gerente do Parque
Para celebrar a data tão importante, durante o ano foram realizadas diversas ações e eventos:
Aniversário do Parque A comemoração dos 10 anos reuniu pessoas que fizeram parte da sua história, entre parceiros, professores, técnicos, empresários, associações de classe, gestores, estudantes, representantes do poder público e outros profissionais que ajudaram a construí-lo em conjunto com a Galvani e o Instituto Lina Galvani, idealizadores do Parque. O dia especial contou com visita monitorada, dinâmica de grupo, discursos e uma série de homenagens a pessoas e instituições que colaboraram para tornar o Parque uma realidade
O Instituto Lina Galvani acredita na força da construção conjunta. O evento de aniversário foi importante para reunir pessoas que têm consciência do seu papel no mundo e na construção dos próximos 10 anos do Parque. Foi muito gratificante para nós a presença desses parceiros pensando conosco o futuro do Parque Fioravante Galvani.
Cecília Galvani, diretora executiva do Instituto Lina Galvani
PFG 10 anos e eu, somos parte das riquezas do Cerrado A atividade foi realizada em dez escolas de Luís Eduardo Magalhães, em parceria com a Secretaria de Educação do município. Ela resgatou as lembranças e sentimentos que as crianças e professores têm com relação aos valores transmitidos pelo Parque. Além disso, a Parque foi homenageado no desfile de 7 de setembro.
“O Cerrado sob a lente das crianças” O concurso de fotografia envolveu alunos do nono ano das escolas do município e convidou-os a voltar o olhar para as riquezas do Cerrado e despertar a importância da preservação das espécies desse bioma. Numa votação que contou com mais de 3.200 votos, o grande campeão foi o estudante Luis Felipe Streit, da Escola Municipal São Paulo.
Bahia Farm Show Como parte das comemorações dos 10 anos, o Parque teve um estande próprio nessa que é uma das mais importantes feiras de agronegócios do país, realizada em maio. Ali, a equipe recebeu os visitantes para contar mais sobre a história do Parque e sua importância para a região. Além disso, promoveu atividades como oficinas de arte e educação para crianças, exposição de fotos e de trabalhos de educação ambiental e distribuição de mudas nativas do Cerrado. No total, foram doadas 500 mudas, entre Ipê (Rosa, Branco ou Amarelo), Aroeira, Cajuzinho do Cerrado, Tamboril, Peroba do Cerrado e Angico Preto.
UMA PERGUNTA PARA...
Mariângela Pinho, médica veterinária e umas das idealizadoras do Parque Fioravante Galvani
Quais as principais conquistas do Parque nessa primeira década de vida?
Acredito que a principal é a rede de parceiros que conseguimos formar. Tem também o sucesso em difundir a ideia de que o Parque é de toda a comunidade, e não apenas da empresa Galvani ou do Instituto Lina Galvani. Que o trabalho do Parque vai muito além dos 20 hectares de terra que ele possui. Ele une pequenos empresários em torno da causa; alcança os agricultores, que passaram a buscar mudas nativas para fazer a recuperação ambiental em suas fazendas; alcança as escolas, que se tornaram parceiras em diversas atividades; e chega aos órgãos ambientais e públicos, que nos apoiaram e formaram sempre uma parceria forte. Enfim, o Parque conseguiu se transformar em uma instituição aberta que conseguiu construir essa rede que faz com que as pessoas tenham o sentimento de pertencimento: “O Parque é nosso!”.
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No ano que completou a primeira década, o Parque Fioravante Galvani deu um novo passo rumo ao futuro. Com o auxílio da consultoria Move, fez um planejamento estratégico e traçou os planos para os próximos anos. Durante 2016, os especialistas, juntamente com as equipes do Parque e do Instituto Lina Galvani, fizeram uma análise a fundo da atuação e do modelo organizacional do Parque a fim de encontrar os caminhos para aprimorar sua atuação e sustentabilidade. Foram traçadas nova Missão, Visão, públicos-alvo e serviços estratégicos.
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Logo nos primeiros meses do ano, em março, tivemos um nascimento: um filhote de cervo-do-Pantanal. O nome da fêmea foi escolhido por Emmanuel Gayoso Filho, da Brasitrans, empresa que é um dos parceiros mais antigos do Parque. Ele decidiu chamá-la de Indira, em homenagem a Indira Ghandi, a primeira mulher a ser chefe de Estado na Índia e ícone na luta contra a pobreza.
No mês de maio, comemoramos a chegada de um filhote de tamanduá-bandeira, uma nova prova que os animais encontram no Parque as condições ideais para viver e se reproduzir. O nome do filhote Zeus foi escolhido no stand do Parque durante o Bahia Farm Show.
Durante o ano, também seguimos com o Programa de Enriquecimento Ambiental, realizando mudanças para deixar os recintos onde vivem os animais mais interativos, complexos e ricos em estímulos. O objetivo é simular situações que ocorreriam na natureza e, dessa forma, prevenir o surgimento de comportamentos indesejáveis, reduzir o estresse, promover o bem-estar e aumentar a taxa de natalidade e longevidade dos animais.
As mudanças realizadas podem ser diretamente na estrutura dos recintos, deixando-os o mais próximo possível dos ambientes naturais; ou na rotina dos animais, com a introdução de novos objetos, a oferta de alimentação de uma forma diferente, a possibilidade de socialização, entre outras ações.
Maria Fernanda Naegeli Gondim, médica veterinária do Parque -
Responsável pela produção até hoje de mais de 200 mil mudas de plantas nativas do Cerrado, distribuídas para a comunidade e produtores locais, o Viveiro de Mudas ajudou a recuperar grandes áreas desmatadas de e a embelezar praças e parques de Luís Eduardo Magalhães (BA).
Em 2016, o projeto passou por uma análise e reestruturação. A proposta é seguir com a distribuição de mudas (foram doadas 802 neste ano) e, além disso, promover o fortalecimento da Rede de Coletores de Sementes do Oeste da Bahia. A Rede tem o objetivo de estimular os moradores das comunidades rurais de Luís Eduardo Magalhães na identificação, valorização e coleta de sementes das espécies nativas para a produção de mudas.
Em abril, assinamos um termo de compromisso com a Enel Green Power, que está construindo o Parque Solar Ituverava para a produção de energia solar. Para a implantação desse projeto, a empresa criou o Programa de Resgate da Flora, que visa restabelecer a vegetação nativa suprimida nas áreas de intervenção de Ituverava. E é nesse ponto que entra o Parque. A empresa destinará ao Viveiro de Mudas do Parque as sementes que forem coletadas no local da usina durante a execução da obra.
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Propagar informações e aprendizados está no DNA do Parque Fioravante Galvani. Em 2016, tivemos a oportunidade de realizar algumas parcerias importantes nesse sentido e participar de eventos que possibilitaram a troca de experiências, a difusão dos conhecimentos e a inclusão do Parque no hall de instituições que são referência na sua área de atuação. Listamos abaixo os principais destaques do ano:
Parceria com o Grupo Recriar Em julho, o trabalho de Educação Ambiental do Parque ganhou um novo aliado! Por conta de uma parceria firmada com o Recriar, durante um ano o Parque terá um espaço nas TVs de propriedade do Grupo para apresentar vídeos sobre Educação Ambiental e conteúdo relacionado à proteção da fauna e da flora do Cerrado, além de um material institucional que apresenta a história do PFG e as atividades que desenvolve.
Na nossa busca por solucionar problemas simples, percebemos o quanto é importante conscientizar as pessoas de que atos simples podem melhorar e até mesmo salvar nosso planeta. De forma local, procuramos associar nossa marca com uma instituição de credibilidade que acredita e trabalha para um mundo melhor e, em contrapartida, dispomos dos nossos recursos de mídia para divulgar e informar a comunidade sobre esse trabalho tão importante do Parque.
Anna Paula Bueno, sócia do Grupo RecriarIntercâmbio de Experiências Socioambientais Em agosto, a equipe do Parque participou desse encontro no Centro Territorial de Educação Profissional da Bacia do Rio Grande (CETEP), em Barreiras, na Bahia. Em pauta, temas importantes para o Cerrado do oeste baiano, como a educação ambiental, a agricultura familiar e os desafios enfrentados pela população da região. Durante o evento, os participantes puderam trocar experiências sobre projetos, desafios e sonhos para as comunidades locais.
Parceria com a Universidade Federal do Oeste da Bahia O acordo firmado com a UFOB abriu aos alunos a possibilidade de eleger o Parque para realizar seus estágios obrigatórios e aplicar na prática os conhecimentos teóricos vistos em sala de aula, além de adquirir uma experiência profissional específica, visando sua inserção no mercado de trabalho. Atualmente, o Parque se compromete a receber estudantes das áreas de Biologia e Medicina Veterinária e oferecer atividades nas áreas de Educação Ambiental, Biologia de Animais Silvestres e Medicina Veterinária de Animais Silvestres.
Plano de Ação Nacional Em novembro, 28 entidades, entre elas o Parque Fioravante Galvani, participaram, na cidade de Atibaia (SP), de uma oficina para a construção do Plano de Ação Nacional (PAN) para a conservação de canídeos silvestres. O PAN é um documento norteador das ações de conservação. Ele integra as políticas públicas de conservação da biodiversidade e é coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Normalmente, o Plano é construído por especialistas, que apontam as ações prioritárias para melhorar o status de conservação das espécies. O PAN tem validade de 5 anos e é monitorado durante esse período pelo grupo de trabalho.
UMA PERGUNTA PARA...
Gabrielle Bes da Rosa, bióloga do Parque Fioravante Galvani.
Qual a importância de um Plano de Ação na conservação dos canídeos silvestres?
Ele integra ações nacionais e permite que todos aqueles que trabalham com a conservação das espécies contempladas possam atuar conjuntamente em ações e projetos que se complementam, de acordo com os principais riscos. Nesse PAN, diferentemente dos anteriores, foram unidos esforços para alinharmos, em um único documento, ações que envolvem quatro espécies diferentes. Isso otimiza muito os esforços, já que as ameaças para elas normalmente são as mesmas. O Plano também conseguiu prever ações específicas para algumas delas como, por exemplo, mapear melhor as áreas de ocorrência do cachorro-vinagre e do cachorro-do-mato-de-orelhas-curtas.
Projetos Parque Fioravante Galvani
Primeiro e único centro de conservação e educação ambiental do Cerrado baiano.